preces do fim do mundo
no quarto perdido
lá e em qualquer lugar
um aconchego de um lar
arestas apagadas
e as flores deasbrochadas
la fora
não restam mais sorrisos
nem brincadeiras
nos laços deixados
atrás
daqueles muros
a terra tremeu
e as lágrimas
serão azedas
não haverá promessas
nem conquistas
não terão desejos
nem palavras perdidas
nem jamais,
nem onde
quando somente puder lembrar
que o mundo não sabe cantar
assim os jazigos de árvores
tortas
assim canções
em lástimas
e marcas enraizadas na alma
os gritos de um enforcado
um silêncio
que previne o fim
deste pesadelo
ensaios de um vida
de uma alegoria
horas atrás
ainda são horas a frente
um compasso
de um passo
rumo ao infinito de sempre
reviver as horas do holocausto
ainda estou aqui
de pé como sombras
de um despertar
de ilusões
- deixe-me dormir um pouco mais!