Sunday, May 28, 2006

deixo te um beijo, deixo te um pouco mais do tempo

o tempo se veste
de tempo
na noite sem noite
no olhar da menina
sem jeito
na rua vazia
nas vozes caladas

transparente
o rio deste tejo
percorre
o que o mundo não pode pagar
doce e lépido
instante

de um salto
de um pulo
o rio que percorre
não é mais límpido
que as lágrimas
deixadas

já comigo está
o monótono
cego tempo
vestido de si
empunhando o peso
de seu nome
aos céus
sem visto brilho
ao olhar cego da criança

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