Thursday, November 09, 2006

a fábula de todos os homens

era um menino
de qualquer lugar
de todos os nomes
de muitos lugares
era menino com calças
curtas
era menino
o tempo
que avançava
mas no repente
triunfo de andar
um tropeço o fez cair

levantou-se e com irá
agarrou do chão
a pedra que o fez cair
em seu avanço parou
e na dor, nos meandros da vingança
carregou em sua mão o peso
da ira
a pedra
que o fez cair
e que o faz odiar
sem causa, sem motivo

diante do abismo
carrega o fardo
pesado da ignorância
num ato tão simples de largar
ele vê o fruto do avanço
e abraça forte o beijo
úmido de um ato

intolerância
cravado em seu destino
do menino que não é mais menino
do tempo que deixou de ser
coerente
uam pedra de raiva
para matar
uma atirada
em alvo qualquer
um fim para a inocência
um ato de mil culpas
e uma pedra que irá atingir
um alvo
e o ciclo de gerações será
o fim de uma linha
para entrar no infinito caos
do homem

o mundo

o mundo gira
e não te entrega flores
o mundo cansa
de repetir
os passos errados

sou dono
deste lugar?
mas não reconheço
este lugar
ainda há muros mais altos
ainda gritos em seu encalço

quem tu despes
em noites sem pudor
homens famintos?
a caça perde o respeito
espalham sua ganância
todos os frutos
de da vinci

estas foram as vozes
caladas
estes são todos os versos que direi
deste meu mundo
que ainda gira
na rotina. dia a dia

eu quero alma
por que calma
me dá ânsia
quero dizer. gritar. morrer
para poder renascer
com as asas da liberdade
e fazer o mundo girar
fora desta rota de colisão

Wednesday, November 08, 2006

faces de um mundo melhor

lá vem ele de novo
em velocidade de colisão
atrás apenas sombras
e fumaças
e eu vou ficar
por aqui, em pé
atravessarei junto
a minha covardia
o futuro que ele traz

destes lagos feito de lágrimas
pesquei tantas dores
deste ópio que me entrego
sinto o cheiro
das cinzas, sinto o mundo
que construí despir

não deixarei morrer
nenhuma flor
mesmo desprovido de coragem
vou ficar de punhos cerrados
esperando a máquina-mundo
nos alcançar
e não sobrará nenhum amor
nenhuma palavra distinta
desta ilusão chamada
progresso

sementes de ódio e ganância
irão em ferir
e minha coragem tão pouca
sempre frouxa
se entregará
e nada restará
nem um punhado de cinzas
para tingir o céu de carmim

e as máquinas não recuarão
e engoliram os poucos gritos
em desespero

some

one day to love
one day to die
one day to hate
one day to live
sorry for the pain i left
sorry for pass through your eyes
no tear, no angry
let me fly when you sleep

some days we just
be
for another we see
you could know what i put
behind
all the memories
all the such things
we lose
no guilty, no fear

someday we wake up
to love
somday we just arise to see
the life
someday we think we are
but all the world change
and the night become so cold
and the lonileness
still