Friday, November 23, 2012

a espera invisível

Sentado, esperando.
ao fechar os olhos, o suave toque de uma brisa.
Ainda um chamado, uma memória, um tempo
agora ancorado por lágrimas.

A garganta seca por retornar
e rever, reviver.
Uma luz suave adorna o rosto
aquecendo calorosamente.
Um tempo que se foi
uma lacuna, um vazio.

Um passo além, um destino
de novas perspectivas. Ainda há dor, lateja ainda
procurando seu espaço, seu lugar.
Dizer adeus, dizer adeus.

Esperar e esperar
o que restou para nós.
Simples como imaginar, sonhar, simplesmente lembrar.
É viver, é retornar aos dias, aos anos, ao tempo.
Estaremos todos lá,

mas ao abrir os olhos será escuro, será a noite
e tudo termina no mesmo ponto.
Na hora de dizer adeus e apagar as luzes
do quarto.