Tuesday, March 25, 2008

sonhos que se alimentam
de solidão
não retornam
se escondem
em lugares
sem luz

rios que se fundem
são fortunas para os homens
comuns.

para quem quiser ouvir

ao redor ouvimos o som
dos poetas
ao fúnebre toque das gotas
silenciamos o som
da vida

tudo se resume
em verbos disleixados
tudo se firma no olhar impertinente
e logo sentimos o calar
de nosso ego

assim tudo se imprime
como uma luz gasta
uma velha calça
uma casa em ruínas

são lágrimas que sujam
a maquiagem humana
são cordas que rompem
um tilintar
um rompimento e chegamos

rs.
se lá houver
se ainda pudermos ouvir

nossa canção

não olhes para mim
sem despir uma lágrima
não culpes o mar
nem o perjúrio de seu
destino

não deixes para trás
as lembranças
que sorriam

não olhes para mim
em infinito passado
vou despedir um olhar
vou repetir as palavras
que fizeram nossa canção

desfazendo

aglomerados estamos. Nós a sós de tudo
de todos
filhos conglomerados nestes lapsos
sólidos. Cuspimos nossa gloriosa existência
nestes conglomerados emaranhados
fiapos e trapos
somos humanos no caos
no norte que aponta ao
caos

aglomerados quase logarítmicos
rítmicos
vívidos, cívicos, nós fezes humanas
estamos cheios destes conglomerados desumanos

vivênvias

sorria na beira
de um abismo
sorria! pelo seu mundo
quase inútil
sorria mulher

antes mesmo de ser
antes de ter
sorria
antes mesmo de viver
respire

Monday, March 24, 2008

clausura

será que eu sonho?
será que eu vivo?
transpiro. Respiro
eu vivo nas gotas de chuva
eu digo existir
nas sombras de mim

eu construo ruínas, eu sou apenas
um infante
sorrindo na beira da loucura