a bruxa e a lâmina prateada
é a minha carne que sangra
á aqui que a faca luminosa suave vem
arrancando a pele,
a carne,
É a faca roendo até o osso
Deixa meu corpo ao relento
dos insanos
eu ouço os passos da justiça
se afastarem na escuridão
e a luz
se apagar neste quarto
para me deitar no silêncio
eu revivo a faca prateada
desfiar meu corpo
violar a minha alma
e deixar aos abutres
Sou eu a bruxa?
morta na fogueira
minhas lágrimas
se esparramam como ácido sob a pele
serei cantada pelos lábios dos loucos
dos fajutos e malditos
dos brutos, somente a glória
eu sinto a lâmina arrancar mais do que sangue e carne
toda lembrança é uma violação
meu reflexo é apagado
para sempre
nesta prisão
que eu fui pega
eu sou a bruxa
e você a lâmina prateada
0 Comments:
Post a Comment
<< Home