Friday, September 29, 2006

seres transparentes(almas de plásticos)

o diapasão nos distancia
em espasmos de alegrias
eu e você e todos nós
miolos desta carne tão podre

iluminar neste récuo de ser
cada face marcada
reza por uma vida sempre igual
um olhar sem sentido
vago na vastidão deste mundo

os sonhos ficaram repletos
de clichês e poucas ousadias
corpos se cruzam na luxúria
de encontrar mais mentiras

viver sem alma
sempre que acordamos
vendemos algo mais
do que simples momentos
eu e você e todos nós
perdemos um pouco mais

o intenso é uma piada
na lágrima que se fez
perecer
o estranho toque de perceber
que existe um alguém

querer ser é incontrolável
tão quanto pensar
não importa todos
os rumos sempre
teremos de suportar
este descaso tão comodo

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