Wednesday, July 05, 2006

céus irrelevantes

em algum lugar do céu
escrevi seu nome
com lascas
daquele rancor
manchei
este tempo
e marquei
com o turno do vento

horas se foram
e nada ficou,
nada além
de um desejo
sangrento
aquele ódio que tu derivaste

perfeitos
foram os planos
de imperfeitas cores
disperdiçadas
o réu permanente da culpa
um chamado que diz:
- eu falhei
em ser
como as pétalas
rústicas das flores
que jamais te dei

entre nós
passos de um outro alguém
um melhor,
um de palavras mais doces,
de um olhar humano
um alguém despido
de monstros

eu julguei ser
puro amor
e apenas restou
a cruel ira
dos homens.
deste anjo que sonhei
ser
destes dias que colecionei
restou aquelas
mágoas, as dores
rasgadas
neste abismo de um
ego perdido

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