Friday, June 16, 2006

fuga de algum lugar

tantas foram
as vezes que te vi
fora
naquele jardim
que na hora de cantar
morri
morri sem esperanças
deixei
alçadas
no breu aquele véu
de ignorância
aquele sublime céu
de impaciência

por horas
atrás
por tempos que jamais
pude entender
eu fui o sábio tolo
escurecendo-me no fundo
do poço

na reles
e pueril afago
da inocência
deito ao relento
no remendo
de um espaço,
um lugar a brilhar a minha
estrela
que de longe foi estela

mas o parque
e as memórias
que se foram
em balões de hélio
são marcas abstratas
de uma estranha concha
de ruídos

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