Sunday, December 09, 2007

a voz que se ergue

não havia
não havia lástima
não havia bravura
não havia

aqui um lamento
uma voz cansada
suave
fluía seguindo o fluido
temporal

mas não havia
não dizia
não queria
se afogar no lampejo
da morte
não queria
não podia

se refugiar no medo
inconstante, sinuoso
e ferrenho

ainda assim se esforçava
em dizer meros -a-bás
se fazia, se queria?

era a voz que se refazia
e refletia
no escuro
não havia
não havia e nunca ouve
voz assim
neste silêncio em constante fuga

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