Tuesday, November 20, 2007

quero silêncio! Quero!

calam-se as vozes
avolumando no fim do corredor
calam-se as tempestades
que expandem lá fora
e o grito. e o grito é um murmúrio

anuncia-se o turbilhão voraz
e irreal
anunciam-se por cornetas
a chegada

calam-se os sinos que despertam
o amanhã
no finito regresso de todos os ponteiros
nenhum porteiro
terá coragem em receber

calam-se aos pés
as vozes dilaceradas
que proclamam repúblicas diletantes

calado estou ao rever em cada tópico
a mesma fragância humana
repetindo nos mesmos corredores
deste sanatório secular

milhares de cusparadas
milhares de cusparadas

0 Comments:

Post a Comment

<< Home