Sunday, December 09, 2007

terreno baldio

a voz que fraca, cala
emudece no seco
um
alívio de um formoso olhar
faz o rio secar antes da seca

a tulipa que desabrocha
não acompanha a dança
das maricotas que matracam
pela janela afora

há um vestígio de pecado
nas ruas
um olhar desconfiado
de traição
nesta dança de uma única via
tem gente que rouba
faminto
tem gente mata
sem fome

dá um nó na garganta
naquela lágrima abstrata
que resiste em cantar
um pouco de alegria

mas o ventre que morre
sem parir
é uma pobreza
este lugar divino
que perdeu sua coroa
que ficou mudo antes
do silêncio se fazer presente

1 Comments:

Blogger SOS Miséria said...

Oá ! Tem poesias lindas por aqui ! Achei teu blogue e vim dizer bom dia ! Ai que saudade do meu Brasil. Ando por esta Net com vontade de voltar. Voltarei no teu blog para ler tuas poesias.
Muito prazer.
Alda

10:43 AM  

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