Monday, April 10, 2006

tempo de crisálida

dentro
ou fora
aqui sempre terno
fértil tais sinais
as
sombras em revolução
afora eu serei
ser
terei de existir
e mostrar que sou o que devo ser

as incertezas
de ver
e tocar o que devo
sentir
as vestes que devo vestir
as palavras que devo dizer
e tudo que não posso negar

perguntas as quais jamais
devo negar responder

a porta se abre
a luz se torna opaca
a dor e
as lágrimas
rompem
como sinos dos
sorrisos eufóricos
embrenhados em choro melancólico

vou ser carne
do adeus
e todos um dia choraram
a vida que não lhes pertenceu

quero ficar
neste calor
e conforto
quero açoitar a vontade
de gaia
mas o tempo de crisálida passou
e a luz que cega a visão
me chama..me chama..
para despertar no mundo lá fora
nem melhor, nem pior
um mundo que não sei se escolhi
ser
mas não posso negar viver

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