Monday, April 10, 2006

quando os lobos choram

os chiados
chispas no remoto som
das araucárias
uivos em meandros de lágrimas
não eram mais perigosos
estes pelegrinos
sedentos
da sede de ser

lobos e lobos
no uivo da vida
no enlace fraterno
de romper
a escuridão
da alma

farão a terra estremecer
farão
a noite calar
correndo livres
sem culpa
perder-se
a realidade
que os torna vis

mas são lobos
famintos
devoradores
de homens
sedentos da fúria
mundana

selvagens
vagos selvagens
aqueles que choram
por temer
o infinito romper
morrer em poucos instantes
até mesmo os lobos temem
ser e entender

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