Saturday, April 28, 2007

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riscando no asfalto
manchas de sangue
formula-se por instinto
sílabas da agressão

ruas tornam-se cruéis
todos somos réis
na grande ilusão
uma depressão
nos olhares fantasmas

calam-se os inimigos
da ordem
e sementes da corrupção
alastram-se perfurando
o petróleo do ódio

estas visões
atormentam e calsificam
cada pedaço da humanidade
nossos poros se entopem
de gordura

enlouqueço
entorpeço
estou andando sem rumo
em busca de meu perdido eu
mas temo a sombra que eu também perdi
esqueç0 o sabor da bondade
esqueço que meu nome fazia sentido

volto a ver as ruas
famintas
volto a ver o pesadelo da verdade
volto a pagar pela segurança
volto a sentir medo

tantos dizendo palavras
calmantes
por preços módicos
tantos culpando
inocentes
calamidades fazendo zumbido no coração
dos reis
a pexeira sanguinária ainda tem sede
eu ouço orações famintas
eu percorro perguntas
para encontrar o medo sem nome

- eu não vou ligar! Sim, vou discar o número do prazer. Loira de 1,86 que faz dos sonhos dúbios pensamentos de uma verdade que se perdeu.

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