Thursday, April 26, 2007

espelhos e miragens

havia uma pessoa na beira do infinito
havia um desconhecido
chorando en indefinido

por que choras?
mas não havia consolo
que cortasse os prantos

nos rumos nada
o vazio roncava
e de lá eu pude ouvir

os monstros que consomiam
a fúria de existir
era maior, tão infinita
que doeu em mim

havia um homem na beira do mundo
que de suas lágrimas
criaram rios
e seu desespero
trouxe medo ao redor

havia um lugar chamado mundo
onde eu também vivi
assim como você
e todos se preocupava com o estranho
desconhecido

e sem qualquer explicação
a figura
sem rosto e nome
pulou ao penhasco do fim
e deixou um legado de perguntas
que ferem os homens

vemos nás águas violentas
abaixo do ponto de início
um fim chamado morte

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