Tuesday, July 03, 2007

tantas coisas em uma só

uma lápide chora
na calreira dos remorsos
um fagulha remete
em sonhos

nas águas arrependidas
um pedra estanca cada
ferida
solitária

um homem zanga em piedade
uma multidão mata
sem culpa

uma criança grita por fome
e eu espanto a tristeza
sem nome

o dia se torna finito
o mar é apenas uma
extensa ilusão

eu procuro dizer
sobre o amor
mas apenas o rancor
culmina em mim

desculpe, desculpe
por passar sem dizer adeus

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