Sunday, July 22, 2007

papel alado

num céu ainda belo
havia um papel
amargurado
a voar

num tempo remoto
onde pensar
ainda resiste em significar
algo para ser
havia um lugar
para se amar

onde os papéis voam
sem peso
onde as palavras repetiam
canções

foi onde guardei
as súplicas inocentes
onde tudo se confundiu
o amar tornou-se ódio

papel amassado
no fim de sua trajetória
pare na janela pedida
deixe escrito o poema
de amor
feito como canção

papel voadorfuja
em liberdade
deixe remoer a distância
entre as almas
amantes
que se despedem no beijo
invisível do vento

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