diáspora
o chão seco
pelado de alma
árido como os lábios mortos
da criança ainda bebê
o solo infértil
tão impenetrável como
a mãe casta
neste verão interminável
venho a secar cada
gota de vida
ver murchar a pele
e sumir cada vestígio humano
tantos sonhos e desejos
espalhados a morrer
pelo chão agreste
tantos choros ransosos
dispidindo no vazio,
no eco inifinito
deste sol
deste lugar chamado lar
vou embora
carregando a mala vazia
destas enfermidades
vou garimpando cada pedaço esquecido
de mim
pelado de alma
árido como os lábios mortos
da criança ainda bebê
o solo infértil
tão impenetrável como
a mãe casta
neste verão interminável
venho a secar cada
gota de vida
ver murchar a pele
e sumir cada vestígio humano
tantos sonhos e desejos
espalhados a morrer
pelo chão agreste
tantos choros ransosos
dispidindo no vazio,
no eco inifinito
deste sol
deste lugar chamado lar
vou embora
carregando a mala vazia
destas enfermidades
vou garimpando cada pedaço esquecido
de mim
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