Tuesday, May 15, 2007

quanto vale um sorriso?

não está nesta sala
nem na próxima
nem na outra
nem aqui

percorro corredores
isolados de inocência
vozes se expurgam num infinito
mórbido
vultos que se cruzam
em melancolia

ainda procuro
ver estampado
a beleza que teus rostos
podem significar
ainda atento a ouvir
o som suave de uma gargalhada
ou um pequeno riso
estampar

buscando nas paredes vazias
no branco do tempo
no olhos cegos
nos corpos singelos
nos dedos trêmulos
no medo que congela
eu procuro
as chaves do paraíso

ria! ria! anste que eu me perca
neste labirinto estéril
neste corredor de mortes
sorria para estampar
um único dia de beleza

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