Tuesday, May 01, 2007

alma seca

a boca seca
segue o ritmo do tempo
árido e sem sabor
minto! há sabor
um gosto metálico, azedo e amargo
invade cada glândula

o tempo refletido
no beijo
da moça da esquina
a reviravolta
de tudo segue com um cigarro
sem vida
com um tapa na alma
com outro beijo
sem graça

a boca ainda seca
a memória sem cultivo
revela um segmento
óbvio
não é a cidade, nem as pessoas
sou eu

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